Por José Paulo G. Hernandes
Uma situação que angustia os profissionais de RH principalmente em épocas de crise como a que estamos enfrentando é conciliar o discurso e a prática da área, ou seja, contrapor e equilibrar a necessidade de ajustes para afastar ameaças à organização com o humanismo intrínseco dos responsáveis envolvidos na gestão de pessoas.
No exaustivo embate dialético entre termos como excelência operacional, reengenharia (assumida ou não), organização por processos, ajuste de “headcounts” e PDVs versus valorização do capital humano, liderança, “empowerment”, trabalho em equipe, humanização do ambiente de trabalho e engajamento, os maiores danos ocorrem no corpo, mente e alma dos gestores de Recursos
Humanos em busca de uma quase impossível síntese.
Nesta clara situação de dissonância cognitiva, afetiva e comportamental, é importante resgatar alguns conceitos integrativos que podem fortalecer a posição da área e dos profissionais no contexto da organização, conceitos estes ilustrados por figuras geométricas.
Um primeiro ponto fundamental é referente ao que consideramos a essência de uma organização. Quais são os elementos que, se não existirem, inviabilizam qualquer empreendimento humano? A resposta é mostrada no triângulo essencial da organização: o que ela gera (com base em seu conhecimento), como ela o faz (com base em estrutura e processos) e quem faz (as pessoas).