Pelo Prof Dr José Paulo G. Hernandes.
“A relação entre o setor de Feiras de Negócios e a atividade turística é profunda – o turismo é alimentado pelo setor de forma clara e em grande escala – gerando inclusive a terminologia turismo de negócios. Alguns locais são caracterizados pela maior importância desta tipologia no turismo total. A Região Metropolitana de São Paulo é um destes locais.
Feiras não são um negócio de essência turística, mas sim uma importante e ancestral atividade de marketing baseada em eventos. Mas quem viaja para participar destes eventos faz turismo, e impacta toda a atividade e suas cadeias produtivas”.
O Móbile do Turismo possui esta estrutura ->
Tipologia de Turismo
Neste conceito do Móbile de Turismo estamos propondo extrapolar as tradicionais tipologias de turismo – turismo de lazer e suas subdivisões, turismo de negócios, turismo educacional, etc. – não para evitar colocar o foco no objetivo principal do deslocamento, que é reconhecidamente muito importante, mas para enfatizar a complementaridade dos dois extremos da natureza da motivação turística: o lazer e a obrigação, ou em nossos termos, o prazer e o dever.
Existe uma grande associação do prazer em fazer turismo com o turismo de lazer, e no outro polo o turismo de negócios visto como obrigação. Duas razões devem evitar este simplismo: a complexidade e inextrincabilidade do ser humano e suas motivações; e o potencial que temos para melhor aproveitamento da atividade turística se considerarmos esta sinergia. Para o público de Feiras de Negócios que é viajante, é clara esta potencialidade, já que esta convivência entre os aspectos de dever e de prazer das viagens é mais visível. O contrário, apesar de mais difícil de intuir, também é possível. Esta é a principal vantagem de utilizarmos esta terminologia não mutuamente excludente.
Os elementos fundamentais da ação humana
A essência de qualquer organização social é constituída por três elementos: A tecnologia e conhecimento existentes (o que fazer), os processos (como fazer) e as pessoas (quem faz).
Para o sucesso da atividade turística – e do setor de Feiras de Negócios – e sua organização e operação, a utilização plena e adequada destes três elementos é fundamental.
Todos os agentes do sistema terão interface com estes três elementos. Se não tivermos tecnologia ou conhecimento adequados, podemos falhar. Se não criarmos e aplicarmos os processos ideais perderemos eficiência e eficácia. Se não capacitarmos e orientarmos as pessoas, não atenderemos as expectativas e geraremos insatisfação e antipatia.
Dessa maneira, temos que investir em educação, inovação, pesquisa e desenvolvimento para aprimorarmos nosso conhecimento e tecnologia. Temos que organizar, planejar e gerenciar nossa estrutura e atividades focando a excelência. Temos que identificar talentos, formar cidadãos e capacitar profissionais para o sucesso de nossa atividade.
Baixe o artigo completo : Elementos Condicionantes da Atividade Turística
.